--------------------------------------------------------------------------
Nos últimos 25 anos, os portugueses têm engordado vertiginosamente. Basta olhar em redor para perceber isso.
Mas agora o estudo W-risk (Weight risk), inovador porque introduziu um novo factor – o perímetro abdominal (cintura) –, traduz a realidade em números: 73,3% das mulheres e 55,4% dos homens utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm gordura a mais à volta do abdómen.
Não é preciso ser obeso ou ter peso a mais para que o risco de ser afectado pelas doenças relacionadas com o excesso de gordura, entre as quais merecem lugar de destaque as cardiovasculares, seja maior.
Está já comprovado que a gordura acumulada à volta da «barriguinha» é a que mais pode colocar a saúde em risco.
Como explica o Prof. Massano Cardoso, o epidemiologista que, juntamente com Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG), desenvolveu o estudo W-risk, «a existência de gordura debaixo da pele não tem as mesmas implicações que a gordura à volta das vísceras (intra-abdominal), porque esta produz várias substâncias que induzem a situações graves, nomeadamente a diabetes, a hipertensão arterial, aos enfartes do miocárdio ou aos acidentes vasculares cerebrais».
Neste estudo, foi introduzido um indicador que, até à data, não era usado na medição da obesidade – o perímetro abdominal (PA).
«Até agora, media-se a obesidade através do índice de massa corporal que não é capaz de contemplar todos os riscos inerentes ao aumento do peso.»
«Com este estudo, pela primeira vez em Portugal, foi possível, através de uma amostra representativa da população que frequenta o SNS, mas que, no seu computo geral, não estará muito longe da população nacional, avaliar e quantificar o perímetro abdominal dos portugueses», explica Massano Cardoso.
Medir o perímetro abdominal é extramamente simples e pode fazê-lo recorrendo a uma fita de costura. O valor deve ser obtido entra a última costela e os ossos da bacia. Nos homens, não deve ser superior a 102cm e nas mulheres 88cm.
Sem comentários:
Enviar um comentário